quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fernado Alonso correrá pela Ferrari em 2010


Oficialmente o GP da Alemanha, nono do Mundial, começa hoje, em Nurburgring, com as entrevistas dos pilotos e a inspeção técnica dos carros. Mas o assunto principal na Fórmula 1, ontem, foi a reportagem do maior jornal esportivo da Itália, Gazzetta dello Sport, do grupo Fiat, o mesmo da Ferrari. O texto diz que Fernando Alonso deve mesmo formar dupla com Felipe Massa, em 2010, e a equipe tentará convencer Kimi Raikkonen a deixar a escuderia. O finlandês, campeão do mundo de 2007, no entanto, já respondeu que tem contrato (até o fim do próximo ano) e vai cumpri-lo.

Em outras palavras, a Ferrari terá de continuar pagando o salário do finlandês, um pouco superior a US$ 2 milhões (cerca de R$ 4 milhões) por mês, e ainda bancar Alonso, que receberá no mínimo a mesma coisa.

Mas no caso do espanhol há a atenuante de que parte do elevado investimento do Banco Santander na Ferrari, em 2010, se destinará a pagar as despesas com o piloto espanhol, campeão do mundo em 2005 e 2006.

O certo é que, apesar dos altos valores para ter Alonso, não será isso que impedirá a Ferrari de contar com ele na escuderia. Se não houver mesmo negócio com Raikkonen e a única alternativa for pagar seu salário, os italianos não vão hesitar. A direção do time italiano tentou negociar com Raikkonen mais de uma vez. E o que tem ouvido é: "Não desejam que eu corra mais, tudo bem, é um direito, como é meu receber o que está estabelecido no contrato."

Apesar da posição do finlandês, são elevadas as possibilidades de o campeonato de 2010 desde já ter uma atração à parte: a disputa Massa x Alonso na Ferrari. "Quem já teve Michael Schumacher como companheiro de equipe não teme ninguém", vem dizendo Massa.

A Ferrari não quer mais Raikkonen. "Falta commitment (vestir a camisa)", diz uma fonte do time de Maranello. No GP da Espanha de 2008, vencido pelo finlandês, sua liderança no Mundial era tão incontestável que a conquista do bicampeonato parecia apenas uma questão de tempo. Stefano Domenicali, diretor da Ferrari, procurou Raikkonen para negociar. A opção de continuar na escuderia no fim do ano era do piloto.

Assessorado por seu empresário, Steve Robertson, Raikkonen disse que seria melhor esperar um pouco. Seu objetivo era definir a vitória de mais um título e conseguir um valor ainda maior no contrato, estimado em US$ 26 milhões por temporada. Só que depois da prova de Barcelona o finlandês desandou. Fez uma segunda metade de campeonato desastrosa. A Ferrari o deixou de procurar. Como a opção de permanecer na equipe era do piloto, ele a exerceu e, por isso, é hoje o parceiro de Massa.

OBRAS INACABADAS

A correria para concluir obras de reforma em autódromos não é uma marca só em Interlagos.Quem visitou Nurburgring, ontem, ficou chocado com o que há ainda por ser feito no acesso ao circuito. Com toda certeza os treinos livres, amanhã, começarão sem que algumas vias de entrada ao autódromo estejam prontas. Ontem, muitos homens trabalhavam debaixo de chuva e frio para tentar minimizar as dificuldades.

E a meteorologia prevê que o clima deva continuar assim, ou seja, domingo, há boa chance de chover. No fim da tarde de ontem, a temperatura era de 13 graus. O histórico das oito etapas realizadas, até agora, mostra que essas condições tendem a favorecer o desempenho da equipe Red Bull, de Sebastian Vettel e Mark Webber.

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