segunda-feira, 15 de junho de 2009

Los Angeles Lakers sagram-se campeões da NBA pela décima quinta vez em sua história



Há sete anos, Kobe Bryant ouvia dos críticos que só tinha conseguido ser campeão da NBA três vezes porque jogava ao lado de Shaquille O'Neal. O fardo finalmente saiu das costas do genial armador na noite deste domingo, 14 de junho.

O Los Angeles Lakers venceu o Orlando Magic por 99 a 86 e fechou a série final do basquete profissional norte-americano por 4 a 1. Depois das duas vitórias iniciais em casa, os Lakers perderam o terceiro jogo em Orlando. Mas ganharam na quinta e neste domingo, fora de casa, confirmaram sua superioridade e chegaram ao título da NBA pela 15ª vez na história.

Agora os Lakers estão a dois títulos do Boston Celtics, campeão da temporada passada e com 17 conquistas no total. Na final de 2008, o Boston ganhou justamente dos Lakers na decisão, no que foi a segunda série final perdida na carreira do técnico Phil Jackson.

Hoje ele se recupera e se torna o maior vencedor da história da liga, com 10 títulos - 6 pelo Chicago Bulls (91, 92, 93, 96, 97 e 98) e 4 pelo Los Angeles Lakers (00, 01, 02 e 09).

Além de Kobe Bryant, apenas o armador Derek Fisher fazia parte do time tricampeão da liga no início da década. Aquele time tinha Shaquille O'Neal, o pivô mais dominante da história da NBA, como grande estrela. Exatamente por isso Kobe, apesar de brilhante, foi rotulado como um jogador incapaz de, "sozinho", conduzir o time ao título.

"Ele (Kobe) passou por altos e baixos. Nós falamos muito sobre estar de volta ao topo. Este é o melhor momento possível", disse Fisher, que abraçou o companheiro por vários segundos após a quinta e decisiva partida. O armador, grande responsável pela vitória no quarto jogo, na prorrogação, se derreteu em elogios ao técnico Phil Jackson.

"Ele não tenta te controlar. Ele te deixa ser quem você é. Se você quer ser o melhor, ele nos deixa tentar ser, ele não entra no caminho", disse Fisher. "Esse título é todo deles", minimizou Jackson.

O JOGO

Com a esperança toda voltada para o pivô Dwight Howard, o Orlando sofreu mais uma vez com os lances livres - o time acertou 10 de 16 na partida. Já os visitantes foram comandados novamente por Kobe Bryant - fundamental com 30 pontos, 6 rebotes, 5 assistências e 4 tocos - e superaram o adversário em quase tudo.

No primeiro quarto do confronto, o Orlando terminou à frente pelo placar de 28 a 26. Mas foi na metade do quarto seguinte que a experiência do time de Phil Jackson mudou o destino da final. Trevor Ariza converteu duas bolas de três consecutivas com assistências de Bryant e impulsionou a virada. Ao final do primeiro tempo, os Lakers já venciam por dez pontos de vantagem: 56 a 46.

A partir daí, a vantagem só aumentou. Com double-double do espanhol Pau Gasol (14 pontos, 15 rebotes e 4 tocos) e Bryant irretocável nos lances livres, os Lakers chegaram ao quarto derradeiro com vitória parcial por 73 a 58, construindo uma diferença que visivelmente se tornaria insuperável. O quarto período foi um passeio até os segundos finais.

Lamar Odom terminou o jogo com 17 pontos e 10 rebotes, enquanto o armador Fisher somou 13 pontos. Ariza fez outros 15. Pelo Orlando, Rashard Lewis foi o cestinha, com 18 pontos e 10 rebotes. O superpivô Dwight Howard, que falhou nos lances livres decisivos no jogo quatro, fez uma partida modesta neste domingo, com 11 pontos e 10 rebotes.

Na temporada regular, o Orlando havia vencido os dois compromissos contra os Lakers, em dezembro e janeiro. Ainda assim a franquia californiana impôs sua experiência diante do rival em sua 30ª decisão de NBA. Depois de derrotar na semifinal o Denver Nuggets, o time comandado pelo astro Kobe Bryant abriu vantagem logo de cara diante da equipe de Dwight Howard e confirmou seu 15º título.

Depois do jogo quatro, quando os Lakers tinham 3 a 1 na série melhor-de-sete, o desafio do Orlando tornou-se ainda maior. Em seu site, o time chamava a torcida com o mantra do "eu acredito", ciente de que teria que enfrentar tabus para ser campeão pela primeira vez. Durante os playoffs, a equipe ainda não havia vencido três partidas consecutivas. E, em toda a temporada, os Lakers jamais perderam três confrontos seguidos.

Kobe, MVP das finais

Sete anos depois de conquistar seu último título da NBA pelo Los Angeles Lakers, o armador Kobe Bryant recebeu na noite deste domingo o troféu de melhor jogador das finais contra o Orlando Magic. Ganhando o quinto jogo fora de casa, os Lakers fecharam a série em 4 a 1. Kobe teve uma média de 32,4 pontos nos cinco jogos da série. Quando os Lakers foram tricampeões, em 2000, 2001 e 2002, o título de melhor jogador das finais havia ficado com o pivô Shaquille O'Neal."Esse título é especial pelo desafio que era conquistá-lo. É tão difícil ganhar o campeonato e nós tínhamos que começar do zero. Aqui estamos de novo, é incrível", comemorou Bryant, que recebeu o troféu individual das mãos do lendário ex-jogador Bill Russell.

No ano passado, os Lakers haviam perdido a série final para o Boston Celtics. Para este ano, segundo Kobe, o segredo foi melhorar na defesa. As médias dele nos cinco jogos finais em 2009 foram de 32,4 pontos, 5,6 rebotes, 7,4 assistências, 1,4 roubo de bola e 1,4 toco por partida.

"Nós sabíamos que tínhamos que virar mais consistentes na parte defensiva, pegar mais rebotes. Nós nos concentramos muito nisso."

Kobe Bryant finalmente tira das costas o peso de só ter ganhado títulos anteriormente jogando ao lado de Shaquille O'Neal. O atual pivô do time, o espanhol Pau Gasol, campeão do mundo com a seleção de seu país em 2006, tira das costas o peso de nunca antes ter sido campeão da NBA.em 2006, tira das costas o peso de nunca antes ter sido campeão da NBA.

"É incrível. Meu time confiou em mim e eu joguei bem. Estou orgulhoso dos meus companheiros, treinadores, família. Este é um dia lindo", disse Gasol.
"É incrível. Meu time confiou em mim e eu joguei bem. Estou orgulhoso dos meus companheiros, treinadores, família. Este é um dia lindo", disse Gasol.

Phil Jackson, o maior vencedor de todos os tempos

A coroa de maior técnico da história da NBA não parou na cabeça de Phil Jackson em 2007/08, mas veio nesta temporada. Agora com dez títulos da liga norte-americana, ele superou a marca do lendário Arnold Jacob 'Red' Auerbach e afirmou que comemoraria do modo preferido do antigo comandante do Boston Celtics: fumando um charuto.

Jackson, que havia triunfado pela última vez no tricampeonato do Los Angeles Lakers entre 2000 e 2002, viu o sonho de se consagrar ainda mais demorar sete anos para ser atingido. Depois da acachapante derrota por 4 a 2 para o Boston Celtics no ano passado, a vitória sobre o Orlando Magic veio de forma parecida, sendo que o tranquilo placar de 99 a 86 aplicado na Flórida neste domingo valeu a taça com apenas cinco encontros realizados.

Por causa disso, o homem de 63 anos superou 'Red' Auerbach: agora soma seis anéis com o Chicago Bulls e quatro com os Lakers. "Fumarei um charuto em memória de Red. Ele era um grande cara", disse o agora recordista, lembrando o gesto que costumava ser repetido por Auerbach durante suas nove conquistas da NBA.

Polêmico treinador que faturou todos os seus títulos com o Boston Celtics, Auerbach foi eleito em 1996 o maior dessa função na história do basquete dos Estados Unidos e não viu sua marca ser ultrapassada, já que morreu há três anos devido a um ataque cardíaco. Embora admitisse publicamente que não gostava de Phil Jackson, ele recebeu muitos elogios do compatriota.

"Acho que Red poderia ter ganhado mais dois ou três campeonatos", afirmou o responsável pelo Los Angeles, recordando que Auerbach encerrou a carreira com apenas 18 temporadas disputados - aposentou-se em 1967, com 50 anos de idade, deixando o comando dos Celtics para o antigo pivô Bill Russell.

Nenhum comentário:

Postar um comentário