terça-feira, 30 de junho de 2009

Presidente da NBB revela intenção de parceria com NBA


Presidente da Liga Nacional de Basquete revela intenção de parceria com a liga norte-americana para que reservas de lá possam atuar no Brasil

A torcida candanga não terá muito tempo de férias das emoções do Novo Basquete Brasil (NBB). O Correio conversou ontem com Kouros Monadjeni, presidente da Liga Nacional de Basquete (LNB), que organiza a competição, e ele adiantou que a segunda edição do NBB já começa no fim de outubro ou, no mais tardar, no início de novembro.

Segundo o dirigente, o campeonato seguirá até meados de junho de 2010. “A nossa ideia com um campeonato de oito meses é fazer com que não haja mais aquela história de times de aluguel. Queremos que os clubes façam um planejamento anual”, explicou.

Mais do que preparar uma competição que permita um longo calendário, Kouros revelou que, para tornar o NBB ainda mais interessante, algumas ideias estão sendo discutidas. Uma das mais importantes e audaciosas engloba uma futura parceria da LNB com a NBA, a liga norte-americana de basquete. A intenção é fazer com que jogadores reservas da NBA, que não estão sendo aproveitados em seus clubes, possam atuar no Brasil.

“Estamos discutindo várias ideias e essa é uma delas”, explicou o presidente da LNB. “Nesse sentido, temos que tomar cuidado para que a NBA não mate o nosso basquete. Assim, estamos fazendo isso, conversando a melhor forma desse intercâmbio ser feito sem nos prejudicar. Mas a intenção é trazer jogadores para cá e, com isso, melhorarmos o nível da nossa competição.”

As negociações com dirigentes da NBA começaram no início do ano e entre fevereiro e março alguns representantes norte-americanos estiveram no Brasil para acompanhar um pouco do NBB. No início de junho, Kouros visitou os Estados Unidos, durante os playoffs finais da NBA, para nova reuniões sobre o assunto. “Ainda está tudo em estado inicial, mas já tivemos alguns encontros”, contou o dirigente brasileiro.

Kouros declarou ainda que ficou muito satisfeito com a primeira edição do NBB. Entretanto, ele adiantou que esse foi só um primeiro passo. “Em termos de emoção e de retorno, o campeonato foi além das nossas expectativas”, comemorou. “Foi uma competição muito equilibrada. Mas ainda precisamos de algum tempo para reerguer o esporte e buscar o respeito internacional pelo nosso basquete. Acho que com o tempo, o NBB vai permitir que não haja mais uma saída de atletas do Brasil para outros países, pois a tendência é que o campeonato fique cada ano mais interessante e que todos os atletas queiram participar”, ressaltou.

Embora os efeitos da derrota para o Flamengo, no domingo, na final do Novo Basquete Brasil (NBB), ainda estarem latentes tanto nos jogadores quanto na torcida candanga, o momento no Universo é de deixar o vice-campeonato para trás e pensar no futuro. Na verdade, trata-se de uma rotina que se repete a cada final de temporada: dúvidas quanto à permanência ou não de jogadores e técnico, renovações de patrocínio e programação para o novo calendário de competições.

De concreto mesmo, garante Jorge Bastos, diretor da equipe, só há um fato: “O Universo montará um grupo ainda mais forte. Ano que vem, temos os 50 anos de Brasília e queremos um time que dê várias alegrias à cidade e aos torcedores”, adiantou o dirigente, que nos próximos dias viverá uma rotina de reuniões e negociações de toda ordem.

O Correio ouviu algumas peças-chaves da equipe e todas disseram que querem permanecer no time. “Adorei a cidade e estou muito feliz aqui. Se eles quiserem que eu continue ficaria satisfeito porque gostei muito do time e do trabalho”, ressaltou o técnico Lula Ferreira.

Quem também já adiantou que pretende ficar por aqui é o ala e capitão Alex. “Na sexta-feira, eu vou ter uma reunião com o Jorge. Minha intenção é ficar no time”, declarou o jogador.

Para o armador Valtinho, que na semana passada viveu as emoções do nascimento de seu filho, Matheus, legítimo brasiliense, permanecer no Universo seria o ideal. “Gostei muito da cidade e da torcida, não tenho nem o que falar, só agradecer”, elogiou. “Esse ano foi muito bom para a gente. Conquistamos quase tudo o que queríamos. Ganhamos a Liga das Américas, chegamos à final da NBB. O título não veio, mas a nossa campanha foi boa. Então, gostaria muito de ficar. Mas isso, é claro, vai depender das conversas com a diretoria.”

Fonte: Luiz Roberto Magalhães

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